quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Por Ed René Kivitz

“Os humanos sofrem bastante. Muito, para não dizer a maior parte, do nosso sofrimento tem origem na relação com aqueles que nos amam. Estou constantemente ciente de que a minha agonia profunda provém, não dos terríveis eventos que leio nos jornais ou vejo na televisão, mas da relação com as pessoas com quem partilho a minha vida diária. São precisamente os homens e mulheres, que me amam e que estão muito perto de mim, os que me ferem. À medida que ficamos mais velhos, geralmente vamos descobrindo que nem sempre fomos bem amados. Com frequência, os que nos amaram também nos usaram. Os que se interessaram por nós foram, por vezes, também invejosos. Os que nos deram muito, por vezes, exigiram também muito em troca. Os que nos protegeram quiseram também possuir-nos nos momentos críticos. Habitualmente, sentimos a necessidade de esclarecer como e por que é que estamos feridos; e, com frequência, chegamos à alarmante descoberta de que o amor que recebemos não foi tão puro e simples como tínhamos julgado.

É importante esclarecer estas coisas, especialmente quando nos sentimos paralisados por medos, preocupacões e anseios obscuros que não compreendemos.

Mas compreender as nossas feridas não basta. Ao fim, temos que encontrar a liberdade para passar por cima das nossas feridas e a coragem para perdoar aos que nos feriram. O verdadeiro perigo está em ficarmos paralisados pela raiva e pelo ressentimento. Então começaremos a viver o complexo do ´ferido´, queixando-nos sempre de que a vida não é ´justa´.

Jesus veio livrar-nos destas queixas auto-destrutivas. Ele nos ensina a por de lado as nossas queixas, perdoar os que nos amaram mal, passar por cima da sensação que temos de sermos rejeitados e ganharmos coragem para acreditar que não cairemos no abismo do nada, mas no abraço seguro de Deus cujo amor curará todas as nossas feridas.”

Henri Nouwen

Deus tem um coração que abraça o mundo. Não pode ser outro o nosso coração. O amor de Deus não pode ser contido. Sempre que derramado sobre alguém, transborda para quem está em volta. E quanto mais se derrama, mais se espalha. Não faz sentido pretender abraçar o mundo sem a disposição de amar quem está ao lado. Nisso consiste o desafio do amor: amar quem não nos amou bem, quem nos feriu, quem nos usou ou de nós abusou, amar quem nos oprimiu com seu amor não tão puro, ou com seu jeito meio estúpido de ser e amar.

Demorou muito para que eu percebesse que quando Jesus disse que deveríamos amar nossos inimigos e aqueles que nos perseguem, na verdade estava falando inclusive de nossos familiares ou das pessoas com quem cultivamos as relações mais afetivas e fraternas. Nouwen tem razão, “à medida que ficamos mais velhos, geralmente ficamos mais capazes de discernir os falsos amores”. Mas é igualmente a maturidade que nasce das dores de amor, que nos capacita a amar verdadeiramente. Talvez por isso o apóstolo Paulo testemunhou que, ao deixar as coisas de meninos e meninas, descobrimos o amor de Deus e, no amor de Deus, o poder de amar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

20:36

Saudade é a marca dos meus pés no chão, me mostrando pra onde eu devo seguir.
Quando eu era pequena, poucas coisas me faziam feliz.Sempre fui muito antisocial e chata, mas me lembro q tinha um lugar no “mundo inteiro”, que era o meu preferido, que me trazia paz, lembro q era quente e muitas vezes me faltava o ar, mas nunca houve um lugar em que eu gostasse mais de estar do que ali.
Todos os dias a noite, meu pai chegava do serviço, jantava e tomava banho, ai ele se deitava naquela poltrona reclinável, tipicamente de pai, ligava a tv e assistia ao jornal nacional, lembro que nessa época eu dormia muito cedo, nunca conseguia passar das 21h acordada, virada de ano então era um sacrifício.Mas muitas vezes eu resistia ao sono, só por causa daquele momento.Era a noite, quando meu pai olhava pra mim sentada no chão, batia no peito com três palmadinhas e fazia um som, parecido com o do “Pingu” o pingüim de massinha da tv cultura, era algo mais ou menos assim: “úh, úh”, e eu sabia, que naquela noite eu ia dormir bem.
Eu corria e pulava sobre ele, e minha cabeça eu encostava no ombro, mas embaixo um pouco, meio que entre a axila e o sofá, meu pai colocava o braço em volta de mim, e eu encaixava minhas pernas na voltinha da barriga dele, então eu ia fechando meus olhos e ouvindo o coração dele bater cada vez mais alto, esticava minha mãozinha até alcançar a orelha dele e ali naquela bolinha, onde as pessoas usam pra por brinco, onde tem mais carninha, eu ficava mexendo até dormir.Tem criança q precisa de chupeta, outra de fronha pra morder ou cheirar.Eu sempre precisei do colo do meu pai, de cada detalhe, do cheiro, do calor, da falta de ar, da voz do Willian bonner ao fundo, de mexer na orelha dele, de sentir o seu coração bem perto de mim, me dizendo q eu estava segura ali.
Acho que é assim até hj.
Deus me dá colo, pelo colo do meu pai.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Shadowfeet - Brooke Fraser

"Andando, tropeçando nessas pegadas
A caminho de casa, um lugar que eu nunca vi;
Estou mudando
Cada vez menos sonolenta
Feita de coisas diferentes de quando comecei
E tenho tido essa sensação o tempo todo
O dia aproxima-se rapidamente.

Quando o mundo desaparecer por debaixo de mim
Estarei firme* em ti, ainda de pé
Quando os céus caírem e as montanham prostrarem-se
Quando Tempo e Espaço acabarem
Estarei firme em ti.

Há distração zunindo na minha cabeça
Dizendo que é mais fácil ficar nas sombras
Mas eu ouvi rumores da verdadeira realidade
Sussurros de um caminho bem iluminado.

Quando o mundo desaparecer por debaixo de mim
Estarei firme em ti, ainda de pé
Quando os céus caírem e as montanham prostrarem-se
Quando Tempo e Espaço acabarem
Estarei firme em ti.

Tu fazes novas todas as coisas.

Quando o mundo desaparecer por debaixo de mim
Estarei firme em ti, ainda de pé
Quando os céus caírem e as montanham prostrarem-se
Quando Tempo e Espaço acabarem
Estarei firme em ti.

Quando o mundo desaparecer por debaixo de mim
Estarei firme em ti, ainda de pé
Todos medos e acusações debaixo de meus pés;
Quando Tempo e Espaço acabarem
Estarei firme em ti
Quando Tempo e Espaço acabarem
Estarei firme em ti
Quando Tempo e Espaço acabarem
Estarei firme em ti."

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cada segundo

E quando chegar a hora, quando a luz vier sobre nós e com todo o seu calor tocar os nossos corpos, finalmente seus olhos repousarão sobre mim, eu já sei que minhas mãos vão querer te tocar a face, deslizando dos teus cabelos até o queixo; e porque o medo e a insegurança já ficaram para trás eu posso firmar os meus olhos nos teus e no breve espaço que antecede o beijo, quando minha pele sente teu hálito fresco se aproximando sem parar, os sonhos que vão se despertando pintam sorrisos na sua boca e é tudo tão envolvente que eu já não quero pensar no que te dizer, nada está a altura de algo tão sublime preparado com cuidado pelas próprias mãos de Deus, cultivado com capricho por cada momento em que aguardavamos na sua vontade, sem pressa de acontecer, o medo foi deixando de existir e na confiança que alguém maior estava nos guiando tudo se tornou intocável, agora palavras não seriam capazes de descrever o que eu senti quando meus pés que eram firmes no chão se encontraram nos teus e me impulsionaram para cima, para perto do teu peito quente, me colocando na ponta dos dedos, com meu corpo todo envolto nos teus braços, alcançando a tua face devagar, libertando minha alma pra voar, eu vou guardando cada sensação do meu ultimo primeiro beijo, como quem quer parar o tempo naquela hora, para que minhas bochechas permaneçam formigando;essa boba reação da velocidade acelerada do meu pequeno coração, que cora o meu rosto e faz pulsar nos teus lábios, quando delicadamente os aperto contra os meus...É uma paz tão grande, que mesmo fechados os meus olhos marejam de felicidade, sou tomada por um sentimento de gratidão a Deus por tamanha perfeição, é um momento tão lindo que nem em meio aos melhores sonhos eu poderia imaginar quantas dimensões existem em cada toque teu e fracionar em cada olhar todo o amor que você é capaz de me entregar; aos poucos vou me entregando a presença das tuas mãos sobre a minha nuca, seu perfume liberta borboletas no meu estomago e eu já não consigo imaginar sair do lugar onde você está.
E todas as expectativa são superadas quando me beija devagar e me entrega nos lábios a essência de você, fluindo para dentro de mim, misturando-se com cada célula do meu corpo, trocando cada palavra que se quer dizer, sem necessidade alguma de falar, com a tua língua na minha, você diz direto ao meu coração, faz ritmo pro nosso amor, porque o meu pulsa na superfície das tuas mãos junto as minhas, sei que eu estou exatamente onde você queria, me derreto no encanto dos teus lábios e me refaço no teu sabor... você vai se ver no fundo da minha alma e vai ser inundado pela verdade que eu guardo dentro de mim, é tudo o que eu tenho pra te oferecer, este amor que eu cultivo com cuidado e paciência, esperando o tempo certo de dizer que é vocÊ, que eu estava esperando por você, que eu me guardei só pra você.
Então vou abrindo os meu olhos devagar e isso é tudo o que eu consigo imaginar, enquanto a nossa hora não chega, são essas lembranças que me fazem forte, memórias de um amor que Deus tem preparado para nós; acredite meu amor, cada segundo separados é um beijo que eu guardo pra te dar.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Que novo amor...

...era aquele apregoado aos pescadores singelos por lábios tão divinos? Até ali, caminhara ela sobre as rosas rubras do desejo, embriagando-se
com o vinho de condenáveis alegrias. No entanto, seu coração estava sequioso e
em desalento. Jovem e formosa, emancipara-se dos preconceitos férreos de sua raça; sua beleza lhe escravizara aos caprichos de mulher os mais ardentes
admiradores; mas seu espírito tinha fome de amor. O profeta nazareno havia plantado em sua alma novos pensamentos. Depois que lhe ouvira a palavra,
observou que as facilidades da vida lhe traziam agora um tédio mortal ao espírito sensível. As músicas voluptuosas não encontravam eco em seu íntimo, os enfeites romanos de sua habitação se tornaram áridos e tristes. Maria chorou longamente, embora não compreendesse ainda o que pleiteava o profeta desconhecido.
Entretanto, seu convite amoroso parecia ressoar-lhe nas fibras mais sensíveis de mulher.
Para todos, era ela a mulher perdida que teria de encontrar a lapidação na praça pública. Sua
consciência, porém, lhe pedia que fosse. Jesus tratava a multidão com especial
carinho. Jamais lhe observara qualquer expressão de desprezo para com as
numerosas mulheres de vida equivoca que o cercavam.
Além disso, sentia-se seduzida pela sua generosidade. Se possível, desejaria trabalhar na execução de suas idéias puras e redentoras. Propunha-se a amar, como Jesus amava, sentir
com os seus sentimentos sublimes. Se necessário, saberia renunciar a tudo. Que
lhe valiam as jóias, as flores raras, os banquetes suntuosos, se, ao fim de tudo
isso, conservava a sua sede de amor?!...
No entanto, Senhor, tenho amado e tenho sede de amor!...
- Sim - redargüiu Jesus -, tua sede é real. O mundo viciou todas as fontes de
redenção e é imprescindível compreenda que em suas sendas a virtude tem de
marchar por uma porta muito estreita.
Só o amor que renuncia sabe caminhar para a vida suprema..
Jesus recolheu-a brandamente nos braços e murmurou:
- Maria, já passaste a porta estreita!... Amaste muito! Vem! Eu te espero aqui!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Retirado do "romance da ana"

Não direi que não te espero
Ou que te amo...
Direi que te quero
Tanto mas tanto, que meu
Coração diminui
Quando estás longe
E o meu sentimento cada vez aumenta,
E sua presença me faz bem
E quando estou triste,
Seu sorriso é
O que me faz acreditar
Que há sempre
Ótimos momentos para ser feliz
Ou que a felicidade,
Espera mas chega
Com você sinto, que também há sempre
Um momento pra se dizer
"Te espero porque te adoro MUITO ".

AnaMariadeAraujoConceição

sábado, 3 de outubro de 2009

Eu fico aqui no meu quarto pensando no que vc deve estar fazendo neste momento, no mesmo instante em que eu estou pensando em você, no teu cheiro, no vazio ao meu lado.
Querer te ver é um sussurro que eu já não posso mais conter, me pego falando seu nome, como quem quer te chamar, como quem não se acostuma com a solidão, as vezes sorrio sem pressa de parar, sem medo de mostrar como te ver me faz feliz, querer te ter ao meu lado, não deveria ser nenhum pecado, mas respondemos pelas atitudes que tomados, o rumo é do caminho que escolhemos ao longo do tempo, mais alguma coisa em mim, me faz acreditar que em algum momento, os pés que te abrem os caminhos vão parar de encontro com os meus, que sempre estiveram fitos no lugar, esperando você me achar; vem pra cá...porque eu não tenho medo de te amar, porque eu não consigo me entristecer com a tua ausencia, poupo minhas forças para os varios abraços que eu hei de te dar quando voce souber chegar...vem pra cá.Porque minha boca esta guardando as palavras mais bonitas para os teus ouvidos, os beijos mais delicados para o teu rosto e o sabor da minha alma para os teus lábios...
Não ver você é como noite quente sem luar...vem pra cá.
Onde eu posso te cuidar, onde eu não preciso me calar, não preciso me conter, onde eu tenho guardado todo o amor que é pra te dar.